A MALTA no Setubalense de 10.03.2010

Malta do Bairro Santos Nicolau” angariou 250 euros para Cáritas Portuguesa

Cerca de 80 pessoas, nascidas no bairro Santos Nicolau juntaram-se, no passado sábado, numa confraternização que contou com a presença do presidente da Cáritas Diocesana Portuguesa, Eugénio Fonseca. O responsável, nascido naquele bairro, recebeu dos participantes a quantia de 255 euros, valor que se destina à ajuda humanitária no Haiti.

O balanço do primeiro (re)encontro da “Malta do Bairro Santos Nicolau” é “extremamente positivo”, revela Filipe Martins, porta-voz do grupo que organizou um encontro de várias gerações de pessoas que nasceram naquele bairro, desde os anos 40 até à presente década.

Cerca de 80 pessoas estiveram presentes na iniciativa, que se realizou no passado sábado, num bar/restaurante da cidade, no entanto, a acção teve eco além fronteiras. “Nos E.U.A., os nossos amigos Diamantino, Eddie e Carriço, celebraram também a muitos quilómetros de distância, o espírito da união e fraternidade que nos une”, referiu Filipe Martins.

Além da “confraternização” e da “união entre todos”, o representante do grupo valoriza “o contributo para a sociedade”, dado que foi possível angariar 255 euros para ajudar a Cáritas Portuguesa no apoio que presta às vítimas do sismo no Haiti, através da venda de t-shirts alusivas ao encontro.

Apesar de não terem ficado surpreendidos com a generosidade das pessoas, revelam-se surpresos por esse valor ter sido angariado “durante uma tarde, num bairro de pescadores e sabendo que não está fácil no que respeita ao emprego”, refere Filipe Martins.

O presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, compareceu ao encontro e recebeu a quantia, retribuindo o gesto solidário com a entrega de uma medalha comemorativa da instituição. “Foi um sinal que quis deixar, embora este tipo de iniciativas não se paguem com medalhas mas dando bom uso à partilha que fizeram”, manifestou Eugénio Fonseca.

Para o responsável, em termos pessoais foi “um encontro de grande afectividade, onde reencontrei pessoas de várias gerações; recordei a minha infância e episódios da minha juventude no bairro onde nasci”, manifestou, com emoção.

No que respeita à acção, levada a cabo pela “Malta do bairro Santos Nicolau”, trouxe à tona “uma das características daquela gente que é a solidariedade, apesar das muitas carências”, frisou o dirigente, que espera poder participar num próximo encontro.

De acordo com um dos organizadores, esse segundo reencontro pode acontecer ainda este ano, durante o Verão, “para aproveitar o facto de ser uma época em que os imigrantes visitam a cidade”.

É também desejo da organização fazer uma nova colecta, para ajudar outra entidade de carácter social, ainda a definir.